A Prefeitura de Palhoça, na Grande Florianópolis (SC), instalou mais de 100 câmeras com tecnologia de inteligência artificial em pontos estratégicos do município. O objetivo é intensificar o sistema de videomonitoramento urbano, aumentando a capacidade de identificar veículos roubados, foragidos da Justiça e comportamentos suspeitos em tempo real.
✨ Como funciona o sistema e sua integração operacional
As câmeras operam 24 horas por dia e estão conectadas a uma central de monitoramento localizada na sede da Prefeitura, o que possibilita atuação imediata das forças de segurança. O sistema é integrado à Guarda Municipal, Polícia Militar e bancos de dados da Polícia Civil, do Ministério da Justiça (sistema Córtex) e do Detran, garantindo respostas rápidas e eficazes.
Equipadas com funcionalidades como reconhecimento facial, leitura automática de placas e análise de movimentações atípicas, as câmeras detectam casos de veículos roubados, mandados de prisão pendentes, e atividades suspeitas em áreas com maior índice de ocorrências.
🎯 Áreas de cobertura e critérios de instalação
As mais de 100 câmeras foram instaladas em bairros com maior fluxo e vulnerabilidade, sobretudo nas entradas e saídas das regiões urbanas. Segundo o secretário de Segurança Pública, Cláudio Monteiro, a distribuição foi pensada para aumenta a efetividade preventiva e o alcance da fiscalização.
Além disso, o monitoramento atua em casos de violência contra mulheres, acidentes, eventos em áreas públicas e gestão de tráfego urbano, ampliando a utilidade do sistema para ações municipais integradas à segurança pública.
🛡️ Primeiros resultados e tentativas de sabotagem
Desde a ativação do sistema, várias ocorrências já foram resolvidas com apoio do monitoramento inteligente. De certa forma, o impacto já é sentido inclusive pelos criminosos. Houve tentativas de vandalismo em 11 câmeras, sugerindo que infratores tentaram neutralizar os equipamentos, o que revela o receio gerado pela presença tecnológica nas ruas.
Em resposta, a Câmara Municipal apresentou o Projeto de Lei (PL 205/2025), que prevê multa de R$ 5.000 para quem danificar câmeras ou sistemas públicos de vigilância, com aumento possível de até 100% em casos de reincidência no prazo de dois anos.
🌐 Continuidade e expectativas de expansão
A administração municipal sinalizou a intenção de ampliar o sistema. Em breve, está programada a ativação de até 252 câmeras em todo o município, incluindo a Região Sul e o centro, com previsão de operação plena entre janeiro e fevereiro de 2026.
Isso reforça o compromisso com a modernização da segurança pública local.
🔍 Tecnologias utilizadas e impacto doméstico
Em Palhoça, o modelo adotado se aproxima de soluções já utilizadas em bairros como a Cidade Pedra Branca, onde câmeras com software de análise inteligente como o Defense IA (desenvolvido pela Intelbras) permitem reconhecimento de placas, rostos e movimento suspeito, com respostas mais rápidas e prevenção em tempo real.
✅ Benefícios esperados e objetivos da campanha
- Redução de furtos e roubos por meio da identificação precoce de veículos e indivíduos procurados.
- Atuação em casos de violência doméstica ou urbana, com alerta em situações de risco identificadas automaticamente.
- Auxílio ao controle de trânsito, com detecção de infrações ou congestionamentos em tempo real.
- Prevenção e dissuasão, já que a presença visível das câmeras desencoraja ação criminosa.
Segundo o prefeito Eduardo Freccia, “estamos investindo em segurança com inteligência… para garantir uma cidade mais segura para todos”.
⚖️ Desafios e considerações éticas
Embora os avanços tecnológicos tragam melhorias, surgem debates sobre privacidade, transparência na operação da IA e possíveis falsos positivos no reconhecimento facial, como já observado em outras cidades brasileiras com iniciativas semelhantes.
Além disso, o custo de manutenção e da infraestrutura tecnológica precisa ser sustentado para evitar retrocessos, como já aconteceu em Palhoça em iniciativas anteriores do programa estadual “Bem-te-vi”, de 2015, quando câmeras foram desativadas por falta de manutenção.
📌 Conclusão
A implementação de mais de 100 câmeras inteligentes em Palhoça representa uma etapa decisiva na transformação digital da segurança pública municipal. A integração entre IA, forças de segurança e sistemas estatais amplia a capacidade de detecção e resposta imediata a incidentes.
Com a expansão prevista para até 252 câmeras em 2026 e a previsão de penalidades para vandalismo, o município sinaliza um avanço institucional no combate à criminalidade, fixa bases sólidas para o uso ético da tecnologia e se projeta como referência regional em videomonitoramento urbano.